Com a chegada dos meses mais frios, é comum ouvirmos relatos de dores nas costas que "aparecem do nada" ou pioram consideravelmente. A lombalgia — dor na região inferior da coluna, próxima à cintura — é uma das principais causas de afastamento do trabalho no Brasil e no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Estudos indicam que 8 em cada 10 pessoas sofrerão ao menos um episódio de dor lombar ao longo da vida.
Mas afinal, o que o frio tem a ver com isso?
Frio, tensão muscular e menos movimento: a combinação perigosa
De acordo com o Dr. Ricardo Takahashi, especialista em fisioterapia esportiva, o frio provoca uma vasoconstrição periférica (diminuição da circulação sanguínea na pele e músculos), o que pode gerar rigidez e aumento de tensões musculares. "No inverno, os músculos ficam naturalmente mais contraídos, e as articulações, menos lubrificadas. Isso favorece crises de dor, especialmente em quem já tem histórico de lombalgia crônica", explica.
Além disso, o frio costuma trazer um comportamento mais sedentário. A queda na temperatura reduz a disposição para atividades físicas, o que, somado ao tempo prolongado sentado e à má postura, acentua os quadros dolorosos.
Quando é hora de procurar ajuda
Embora muitas pessoas tratem a lombalgia como uma "dor normal", ela deve ser investigada caso persista por mais de alguns dias, irradie para membros inferiores, esteja associada a formigamentos ou cause limitação de movimentos.
Os especialistas em reabilitação musculoesquelética alertam: “É fundamental diferenciar uma dor postural de uma dor provocada por hérnia de disco, por exemplo. O tratamento muda completamente.”
Casos de sucesso: como o movimento muda o cenário
Muitos pacientes conseguem reverter quadros crônicos com reeducação postural e exercícios regulares. É o caso de Cláudia Martins, 58 anos, que conviveu com lombalgia por mais de uma década. “No inverno eu mal conseguia sair da cama. Comecei pilates clínico, com acompanhamento, e aos poucos fui voltando a fazer caminhada, depois musculação leve. Hoje estou sem dor há quase um ano”, conta.
Programas multidisciplinares que envolvem fisioterapia, alongamento, fortalecimento muscular e orientações ergonômicas são os que apresentam melhores resultados, segundo a Associação Brasileira de Reabilitação da Coluna (ABRC).
O que a ciência recomenda para aliviar e prevenir
Estudos publicados na revista científica Spine indicam que a prática regular de exercícios de fortalecimento do core (região abdominal e lombar), combinada com alongamentos e técnicas de relaxamento, reduz em até 45% as chances de reincidência de lombalgia. Entre os exercícios recomendados estão:
Ponte pélvica
Prancha abdominal
Mobilização lombar com rolo de espuma
Pilates terapêutico
Além disso, terapias complementares como acupuntura, osteopatia e RPG (Reeducação Postural Global) podem ser benéficas, desde que indicadas e coordenadas por um profissional habilitado..
Pequenas atitudes, grandes mudanças
Mesmo fora das clínicas e consultórios, algumas práticas simples no dia a dia fazem diferença:
Mantenha-se aquecido, especialmente a região lombar
Evite permanecer na mesma posição por longos períodos
Levante-se a cada 50 minutos para se alongar
Ajuste a altura de cadeiras e mesas no home office
Invista em um bom colchão e travesseiro
Conclusão: cuidar da lombar é cuidar da qualidade de vida
A lombalgia não deve ser encarada como uma “dor passageira” ou “coisa da idade”. Com informação, prevenção e o tratamento adequado, é possível não só controlar a dor, mas resgatar autonomia, bem-estar e qualidade de vida — mesmo no inverno.
Na Santa Casa de Diadema, o Ambulatório de Fisioterapia conta com uma equipe de 28 fisioterapeutas altamente capacitados, com formação contínua e ampla experiência no tratamento de dores crônicas e limitações funcionais — e a lombalgia é uma das que recebem atenção. Com abordagens baseadas em evidências, foco no fortalecimento, na reeducação postural e na promoção da autonomia, nossos profissionais ajudam centenas de pacientes a recuperar movimentos, aliviar dores e retomar atividades do dia a dia com mais qualidade de vida. Você não precisa conviver com a dor como se fosse normal. Há tratamento, há solução — e ela começa com o cuidado certo. Procure sempre a orientação de quem entende do assunto.
Movimentar-se é, antes de tudo, um ato de autocuidado. E o frio pode ser o lembrete que faltava para começarmos.
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